Resumo Histórico
"Ginásio Nossa Senhora das Graças"
(Atualmente, Colégio Municipal Nossa Senhora das Graças)
No final da década dos anos cinqüenta, Muriqui, Distrito do Município de Mangaratiba, pouco mais era do que um povoado, uma igreja, um grupo escolar, um posto de gasolina, dois clubes e o indefectível campo de futebol.
A população fixa, com exceção dos tradicionais clãs, proprietários das terras, era formada por caseiros com suas famílias, pelos moradores da região da Cachoeira e do Morro da Encrenca e não chegava a um terço da população flutuante constituída pelos veranistas , cujas residências se localizavam dentro do quadrilátero definido pelas linhas da praia, dos dois rios que a limitam e pela atual rua 1º de maio. Em direção à serra e cortado pela velha estrada de rodagem, situavam-se grandes lotes, de terreno acidentado ou pantanoso, que loteado já no início dos anos sessenta, começaram a sofrer um rudimentar processo de urbanização.
As atividades econômicas se resumiam no comércio de subsistência, nas lavouras de banana e de mandioca, na pesca e, absorviam a pouco mão de obra adulta. As crianças mal terminavam o curso primário, nada mais podiam aspirar senão se incorporar às atividades familiares ou enganjar-se nos serviços de construções, que surgiam como opção, devido as vendas de terrenos.
O crescimento urbano trouxe o aumento populacional e com ele, a preocupação da comunidade com os problemas decorrentes, dentre os quais a falta de oportunidade de estudo e de educação para jovens. Igualmente impressionados e preocupados com essa situação, um grupo de bem intencionados veranistas juntou-se aos líderes comunitários e, com esse esforço conjugado realizaram uma reunião preparatória para definir as linhas de ação e providências, que visassem a solução do problema. Nessa reunião foi apresentada a reivindicação da comunidade, que consistia na fundação de um estabelecimento de ensino, que atendesse aos anseios da população estudantil, proporcionando aos jovens, um maior e melhor condicionamento de instrução e educação, para que pudessem aspirar um futuro melhor.
Em outras reuniões foram-se determinando os objetivos e as prioridades, bem como o levantamento de fundos para a construção da sede, do que seria o GINÁSIO COMERCIAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS.
A participação e a contribuição da Prefeitura Municipal de Mangaratiba na fase inicial desse esforço, de seus munícipes, foi decisiva consubstanciada na doação do terreno, onde seria construído o prédio e foi o início da concretização do sonho acalentado.
Almoços, churrascos, feijoadas, tudo que pudesse render algum dinheiro para as obras foi tentado e executado, com a colaboração de todos os que se empenhavam nessa campanha e, até que se pudesse contratar operários, as obras foram iniciadas no regime de multirão: todos ajudando e trabalhando no pesado.
Do lado material também foi acionado o aspecto administrativo e educacional, através da Campanha Nacional de Educandários Gratuitos - CNEG - nome que tinha então a atual Campanha Nacional de Escolas da Comunidade - CNEC. Sob a orientação dessa entidade, foram formalizadas a criação do "Setor Local" e da Direção da Escola, com a competente inspeção do Ministério da Educação e Cultura.
No dia 18 de agosto de 1963, no Grupo Escolar Montebello Bondim, em Muriqui, foi criado o "Setor Local" do Colégio Comercial Nossa Senhora das Graças.
No dia 7 de setembro do mesmo ano, na rua 1º de maio, em Muriqui, destinada à construção da sede, foi lançada a pedra fundamental, para o início das obras. Os trabalhados foram realizados pela comunidade, em regime de multirão.
Assim, em data que se convencionou ser 18 de agosto de 1963, conforme ata existente nos arquivos e, ao mesmo tempo, em que se construía a primeira sala de aulas, também se iniciavam as aulas do Curso de Adissão ao Ginásio, que funcionou inicialmente no galpão-sede do clube de futebol local - Muriqui Futebol Clube.
Ficou também convencionado que a data de fundação do Colégio seria o dia 23 de agosto de 1963, data que foi instalado o “Setor Loca” da CNEG, que era o órgão de direção e captação de recursos para a manuntenção e funcionamento do novo Colégio.
-> No Curso de Admissão ao Ginásio (1963 / 1964), foram professores:
- Professora Maria Lúcia Baena (Português)
- Doutor Argeu Machado (Português)
- Professor Ruy de Oliveira Fonseca (Geografia e História)
- Professora Olinda Bertino Maciel (Matemática)
Realizados os exames de admissão ao ginásio, em março de 1964, iniciaram-se regularmente as aulas em abril, no salão do Muriqui Praia Clube, em virtude de ainda não estar concluída a sala destinada ao funcionamento das aulas no local definido, o que ocorreu no início de maio do mesmo ano.
Nessa época, a manutenção do Colégio, tal como a limpeza das salas e demais dependências era feita pelos próprios alunos, que organizavam-se em grupos, para revezamento em escala, inclusive aos sábados, cujas aulas duravam o dia inteiro. Esses grupos ajudavam uma senhora da comunidade no preparo da merenda escolar, que só era servida aos sábados, pois era escassa na época e, durante a semana, faziam e serviam cafezinho aos professores.
Apesar do sucesso desse estabelecimento de ensino, pioneiro em Muriqui, em 1985 surgem dificuldades onde, através de convênios, a Prefeitura Municipal de Mangaratiba prestou inestimável ajuda.
ATOS DA PREFEITURA EM RELAÇÃO AO COLÉGIO NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
1 – Assinatura do 1º Convênio, em 06 de março de 1985.
Compromissos:
- Implantação e Manutenção do Ensino Supletivo de V a VIII Fases;
- Curso de Formação de Professores de 1ª a 4ª série.
2 – Assinatura do 2º Convênio, em 02 de setembro de 1985.
Compromissos:
- Ensino Pré – Escolar;
- Ensino de 1º Grau, de 1ª a 4ª série
3 – Assinatura do 3º Convênio, em 17 de março de 1986.
Compromissos:
- Manutenção de todas as atividades educacionais do então Colégio Cenecista.
- Contratação de Professores e Pessoal Administrativo;
- Inclusão do Colégio no Plano de Merenda Escolar;
- Arcar com todas as despesas decorrentes do uso do imóvel;
- Assumir os débitos do Colégio Cenecista junto as BNH e ao IAPAS, cujo recolhimento do FGTS encontrava-se em atraso;
- Prover a manutenção do prédio, executando os reparos necessários e fornecer material de consumo.
4 – Assinatura do 4º Convênio, em 20 de março de 1987.
A CNEC cede à Prefeitura Municipal todas as instalações, móveis, equipamentos e utensílios do Colégio Nossa senhora das Graças.
O então Prefeito Municipal, Exmº. Sr. Cândido José da Costa Jorge (Capixaba), através do Decreto n.º 240, de 23 de março de 1987, cria o COLÉGIO MUNICIPAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS.
O Prefeito Municipal sancionou a Lei n.º 139, de 22 de março de 1988, que “Autoriza a aquisição do imóvel escolar – Colégio Municipal Nossa Senhora das Graças”. A Prefeitura Municipal adquire o imóvel em 19 de julho de 1988.
Da primeira Diretoria do Colégio Comercial participaram as seguintes pessoas:
- Professora Maria Lúcia Baena (Diretora)
- Doutor Argeu Machado (Vice-Diretor)
- Professor Ruy de Oliveira Fonseca (Diretor Técnico)
- Professora Olinda Bertino Maciel (Diretora Administrativa)
Após a Professora Maria Lúcia Baena, a qual fez um belíssimo trabalho, sucederam-na outros Diretores:
¨ Doutor Argeu Machado;
¨ Professora Iolanda Rangel Pereira
¨ Professor Nivaldo da Costa Seda
¨ Professora Rita de Cássia Bindi ( 1975 e 1977)
¨ Professora Roneuda Martins (1978/1979/1986/1987)
¨ Professora Maria Luiza de Vasconcellos Pontes Alves (1988)
¨ Professora Dirce Maria de Oliveira dos Santos (1989/1990/1991)
¨ Professor Mozart da Silva Barros (1992/1993/1994)
¨ Professora Maria Aparecida Ribeiro (1995/1996)
¨ Professora Dirce de Oliveira dos Santos:
(1997/1998/1999/2000/2001/2002/2003/2004)
Professora Maria Luiza de Vasconcellos Pontes Alves (2005)
E Atualmente
-> Dirce Maria de Oliveira dos Santos: (2006/2007/2008/2009/2013)
e atualmente:
Com o mesmo propósito: MANTER ACESA A CHAMA DESTE IDEALISMO!
Hoje, completamos 46 anos de muita luta, dedicação e amor à Comunidade.
PARABÉNS, COLÉGIO MUNICIPAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS !
(Atualmente, Colégio Municipal Nossa Senhora das Graças)
No final da década dos anos cinqüenta, Muriqui, Distrito do Município de Mangaratiba, pouco mais era do que um povoado, uma igreja, um grupo escolar, um posto de gasolina, dois clubes e o indefectível campo de futebol.
A população fixa, com exceção dos tradicionais clãs, proprietários das terras, era formada por caseiros com suas famílias, pelos moradores da região da Cachoeira e do Morro da Encrenca e não chegava a um terço da população flutuante constituída pelos veranistas , cujas residências se localizavam dentro do quadrilátero definido pelas linhas da praia, dos dois rios que a limitam e pela atual rua 1º de maio. Em direção à serra e cortado pela velha estrada de rodagem, situavam-se grandes lotes, de terreno acidentado ou pantanoso, que loteado já no início dos anos sessenta, começaram a sofrer um rudimentar processo de urbanização.
As atividades econômicas se resumiam no comércio de subsistência, nas lavouras de banana e de mandioca, na pesca e, absorviam a pouco mão de obra adulta. As crianças mal terminavam o curso primário, nada mais podiam aspirar senão se incorporar às atividades familiares ou enganjar-se nos serviços de construções, que surgiam como opção, devido as vendas de terrenos.
O crescimento urbano trouxe o aumento populacional e com ele, a preocupação da comunidade com os problemas decorrentes, dentre os quais a falta de oportunidade de estudo e de educação para jovens. Igualmente impressionados e preocupados com essa situação, um grupo de bem intencionados veranistas juntou-se aos líderes comunitários e, com esse esforço conjugado realizaram uma reunião preparatória para definir as linhas de ação e providências, que visassem a solução do problema. Nessa reunião foi apresentada a reivindicação da comunidade, que consistia na fundação de um estabelecimento de ensino, que atendesse aos anseios da população estudantil, proporcionando aos jovens, um maior e melhor condicionamento de instrução e educação, para que pudessem aspirar um futuro melhor.
Em outras reuniões foram-se determinando os objetivos e as prioridades, bem como o levantamento de fundos para a construção da sede, do que seria o GINÁSIO COMERCIAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS.
A participação e a contribuição da Prefeitura Municipal de Mangaratiba na fase inicial desse esforço, de seus munícipes, foi decisiva consubstanciada na doação do terreno, onde seria construído o prédio e foi o início da concretização do sonho acalentado.
Almoços, churrascos, feijoadas, tudo que pudesse render algum dinheiro para as obras foi tentado e executado, com a colaboração de todos os que se empenhavam nessa campanha e, até que se pudesse contratar operários, as obras foram iniciadas no regime de multirão: todos ajudando e trabalhando no pesado.
Do lado material também foi acionado o aspecto administrativo e educacional, através da Campanha Nacional de Educandários Gratuitos - CNEG - nome que tinha então a atual Campanha Nacional de Escolas da Comunidade - CNEC. Sob a orientação dessa entidade, foram formalizadas a criação do "Setor Local" e da Direção da Escola, com a competente inspeção do Ministério da Educação e Cultura.
No dia 18 de agosto de 1963, no Grupo Escolar Montebello Bondim, em Muriqui, foi criado o "Setor Local" do Colégio Comercial Nossa Senhora das Graças.
No dia 7 de setembro do mesmo ano, na rua 1º de maio, em Muriqui, destinada à construção da sede, foi lançada a pedra fundamental, para o início das obras. Os trabalhados foram realizados pela comunidade, em regime de multirão.
Assim, em data que se convencionou ser 18 de agosto de 1963, conforme ata existente nos arquivos e, ao mesmo tempo, em que se construía a primeira sala de aulas, também se iniciavam as aulas do Curso de Adissão ao Ginásio, que funcionou inicialmente no galpão-sede do clube de futebol local - Muriqui Futebol Clube.
Ficou também convencionado que a data de fundação do Colégio seria o dia 23 de agosto de 1963, data que foi instalado o “Setor Loca” da CNEG, que era o órgão de direção e captação de recursos para a manuntenção e funcionamento do novo Colégio.
-> No Curso de Admissão ao Ginásio (1963 / 1964), foram professores:
- Professora Maria Lúcia Baena (Português)
- Doutor Argeu Machado (Português)
- Professor Ruy de Oliveira Fonseca (Geografia e História)
- Professora Olinda Bertino Maciel (Matemática)
Realizados os exames de admissão ao ginásio, em março de 1964, iniciaram-se regularmente as aulas em abril, no salão do Muriqui Praia Clube, em virtude de ainda não estar concluída a sala destinada ao funcionamento das aulas no local definido, o que ocorreu no início de maio do mesmo ano.
Nessa época, a manutenção do Colégio, tal como a limpeza das salas e demais dependências era feita pelos próprios alunos, que organizavam-se em grupos, para revezamento em escala, inclusive aos sábados, cujas aulas duravam o dia inteiro. Esses grupos ajudavam uma senhora da comunidade no preparo da merenda escolar, que só era servida aos sábados, pois era escassa na época e, durante a semana, faziam e serviam cafezinho aos professores.
Apesar do sucesso desse estabelecimento de ensino, pioneiro em Muriqui, em 1985 surgem dificuldades onde, através de convênios, a Prefeitura Municipal de Mangaratiba prestou inestimável ajuda.
ATOS DA PREFEITURA EM RELAÇÃO AO COLÉGIO NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
1 – Assinatura do 1º Convênio, em 06 de março de 1985.
Compromissos:
- Implantação e Manutenção do Ensino Supletivo de V a VIII Fases;
- Curso de Formação de Professores de 1ª a 4ª série.
2 – Assinatura do 2º Convênio, em 02 de setembro de 1985.
Compromissos:
- Ensino Pré – Escolar;
- Ensino de 1º Grau, de 1ª a 4ª série
3 – Assinatura do 3º Convênio, em 17 de março de 1986.
Compromissos:
- Manutenção de todas as atividades educacionais do então Colégio Cenecista.
- Contratação de Professores e Pessoal Administrativo;
- Inclusão do Colégio no Plano de Merenda Escolar;
- Arcar com todas as despesas decorrentes do uso do imóvel;
- Assumir os débitos do Colégio Cenecista junto as BNH e ao IAPAS, cujo recolhimento do FGTS encontrava-se em atraso;
- Prover a manutenção do prédio, executando os reparos necessários e fornecer material de consumo.
4 – Assinatura do 4º Convênio, em 20 de março de 1987.
A CNEC cede à Prefeitura Municipal todas as instalações, móveis, equipamentos e utensílios do Colégio Nossa senhora das Graças.
O então Prefeito Municipal, Exmº. Sr. Cândido José da Costa Jorge (Capixaba), através do Decreto n.º 240, de 23 de março de 1987, cria o COLÉGIO MUNICIPAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS.
O Prefeito Municipal sancionou a Lei n.º 139, de 22 de março de 1988, que “Autoriza a aquisição do imóvel escolar – Colégio Municipal Nossa Senhora das Graças”. A Prefeitura Municipal adquire o imóvel em 19 de julho de 1988.
Da primeira Diretoria do Colégio Comercial participaram as seguintes pessoas:
- Professora Maria Lúcia Baena (Diretora)
- Doutor Argeu Machado (Vice-Diretor)
- Professor Ruy de Oliveira Fonseca (Diretor Técnico)
- Professora Olinda Bertino Maciel (Diretora Administrativa)
Após a Professora Maria Lúcia Baena, a qual fez um belíssimo trabalho, sucederam-na outros Diretores:
¨ Doutor Argeu Machado;
¨ Professora Iolanda Rangel Pereira
¨ Professor Nivaldo da Costa Seda
¨ Professora Rita de Cássia Bindi ( 1975 e 1977)
¨ Professora Roneuda Martins (1978/1979/1986/1987)
¨ Professora Maria Luiza de Vasconcellos Pontes Alves (1988)
¨ Professora Dirce Maria de Oliveira dos Santos (1989/1990/1991)
¨ Professor Mozart da Silva Barros (1992/1993/1994)
¨ Professora Maria Aparecida Ribeiro (1995/1996)
¨ Professora Dirce de Oliveira dos Santos:
(1997/1998/1999/2000/2001/2002/2003/2004)
Professora Maria Luiza de Vasconcellos Pontes Alves (2005)
E Atualmente
-> Dirce Maria de Oliveira dos Santos: (2006/2007/2008/2009/2013)
e atualmente:
Com o mesmo propósito: MANTER ACESA A CHAMA DESTE IDEALISMO!
Hoje, completamos 46 anos de muita luta, dedicação e amor à Comunidade.
PARABÉNS, COLÉGIO MUNICIPAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS !
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